Um grupo de vigilantes da concorrência enviou uma carta ao Departamento de Justiça dos EUA, solicitando uma investigação sobre o comportamento anticoncorrencial do YouTube e seu papel no alegado monopólio do Google. Eles acusam o Google de tentar dominar o setor de entretenimento doméstico por meio do Google TV, Google Connected TV e YouTube TV.
A carta pede ao Departamento de Justiça que inclua o YouTube em suas investigações contra o Google no campo da tecnologia de anúncios e pesquisa online, chamando o YouTube de “a terceira perna do banquinho que apoia o monopólio do Google.”
Eles também apontaram que o YouTube TV (serviço de streaming do YouTube),agora é o quarto maior serviço de televisão paga do país, de acordo com a Neilsen, representando 9,7% de toda a audiência de televisão do país, a maior participação já vista para qualquer serviço de streaming.
Domínio do YouTube no mercado
De acordo com o mais recente relatório trimestral da Alphabet, o YouTube responde por cerca de 10% da receita geral da empresa, gerando mais de US$ 8 bilhões trimestralmente. O YouTube TV é o quarto maior serviço de TV paga dos EUA, com 9,7% de toda a audiência de TV. O YouTube também se tornou o principal aplicativo de podcasts, superando Spotify e Apple Podcasts.
YouTube e o monopólio
A carta expressa preocupação com as ambições do YouTube em dominar a televisão. Eles citam o histórico do YouTube de usar seu domínio para excluir concorrentes e forçar a compra de serviços empacotados, como exemplo, o aplicativo do YouTube sendo pré-carregado em smartphones e o Google TV fornecendo recomendações do YouTube.
Além disso, acusam o YouTube de copiar produtos de outros serviços e forçar anunciantes a usar exclusivamente os serviços de anúncios do Google.
Outra acusação é de que o YouTube força os anunciantes a usar exclusivamente os serviços de anúncios do Google e impedir que os anunciantes usem anúncios de outras empresas.
Ações da UE contra o YouTube
A carta menciona que a tentativa do YouTube de reprimir bloqueadores de anúncios sem consentimento é uma violação dos regulamentos de privacidade da UE. O YouTube está classificado como “serviço principal da plataforma” pela Lei de Mercados Digitais da UE, que impõe restrições anticompetitivas rigorosas. A carta finaliza pedindo ao DOJ que priorize a investigação do YouTube no próximo ano, afirmando que os americanos merecem proteções semelhantes às da UE.